quarta-feira, 7 de abril de 2010

Definição de conceitos

A habitação social hoje deve ser pensada como um sistema aberto a mudanças, mais adaptável a uma maior diversidade sócio-cultural, mais durável e mais rentável. Isso ocorre pelo fato de o uso do espaço doméstico ser um processo variável e dinâmico, pois deve atender às necessidades de usuários de diferentes culturas as quais sofrem alterações ao longo da evolução da sociedade.
É possível conceituar a flexibilidade doméstica como a capacidade do espaço físico se adaptar ao processo dinâmico do habitar, utilizando o mesmo de acordo com suas necessidades, a partir da forma arquitetônica.
Com base nisso, as estratégias de flexibilidade se dão na alteração ou não alteração na configuração espacial; no aumento de área vertical e/ou horizontal; na adaptação do espaço a vários usos e na variedade tipológica conjugada no espaço. Além disso, para que ela aconteça, é importante considerar a localização e tipo de inserção urbana; o dimensionamento e o sistema utilizado; a disposição de fachadas, coberturas e redes técnicas (geralmente elementos fixos); os acessos e circulação; e a configuração espacial do interior.
Desta forma, para medir o grau de flexibilidade, considera-se a amplitude das possibilidades de compartimentação interior e de organização espacial dos setores funcionais, além da facilidade com que se operam as alterações, como conseqüência do sistema construtivo utilizado.
A habitação de interesse social, portanto, deve possuir soluções que não têm condicionantes significativas em termos de custos, mas exigências de qualidade arquitetônica que a configurem como espaço que responda as necessidades de seus usuários, com a possibilidade de adaptação de acordo com sua cultura, variando ou não ao longo do tempo.

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